Quando publicou, aos 20 anos, seu primeiro livro (Investigação do olhar; Massao Ohno, 1963), Rubens Rodrigues Torres Filho era ainda estudante de Filosofia da Universidade de S. Paulo , no antigo prédio da rua Maria Antônia. Muito tempo se passou até que reaparecesse com O vôo circunflexo (Massao Ohno, Roswitha Kempf, Prêmio Jabuti 1981; 2a. edição Brasiliense 1987): os anos da ditadura militar não eram ambiente para a publicação de poesia.

Um estágio em Paris para a preparação da tese de doutorado, defendida em 1972, a publicação do ensaio O espírito e a letra: a crítica da imaginação pura em Fichte (Ática, 1975), a participação na equipe da revista Almanaque, a tradução de autores da filosofia clássica alemã (Kant, Fichte, Schelling, Nietzsche) para a coleção "Os Pensadores", da Abril Cultural - foram, ao lado da docência, suas principais atividades nesse período.

Em seguida, com uma não planejada regularidade quadrienal (mas não bissexta...) foi autor dos títulos: A letra descalça (Brasiliense, 1985), Poros (Duas Cidades, 1989), Retrovar (Iluminuras, 1993) e Novolume: poesia reunida (Iluminuras, 1997), além do álbum serigráfico Figura, com ilustrações originais de Carlos Clémen (edição do artista).

Publicou ainda, em prosa, Ensaios de filosofia ilustrada (Brasiliense, l987), reunindo estudos sobre Kant, o iluminismo francês e os principais autores do período pós-kantiano. Dirige atualmente a coleção "Biblioteca Pólen", da editora Iluminuras, iniciada em 1988 com uma tradução dos fragmentos de Novalis. É pai de três filhos, todos muito especiais: Joaquim José (que é o Joka), Carolina (Carol) e Marcela.



Bibliografia